terça-feira, 5 de outubro de 2010

Oxalá!

De acordo com informações dadas pelo Gave às escolas (e que serão, parece, tornadas públicas amanhã) este ano existirá teste intermédio de Filosofia no 10º ano. (Ver aqui a matriz.)

A ideia é – suponho - preparar os alunos para o exame nacional de filosofia no 11º ano. Nas últimas semanas tem circulado entre os professores de filosofia a informação de que esse exame vai regressar, mas não será obrigatório e terá apenas o carácter de prova específica para ingresso na universidade.

Contudo, só se costumam realizar testes intermédios em disciplinas em que existe exame nacional obrigatório (necessário para concluir a disciplina). Nas disciplinas em que o exame nacional serve apenas de prova específica, como por exemplo Inglês, não existe teste intermédio. Significará isso que o exame nacional de filosofia será, afinal, obrigatório?

Não sei o que irá o Ministério da Educação anunciar amanhã, mas gostaria muito que a resposta a essa pergunta fosse afirmativa. Um exame nacional de filosofia obrigatório (bem feito, bem feito!) melhoraria muito o ensino e a aprendizagem da filosofia. (Para ler argumentos a favor dessa ideia veja a etiqueta Exames e exigência.)

Mas, quer o exame nacional seja obrigatório quer seja apenas opcional, as coisas só correrão bem se os professores de filosofia fizerem coisas tão simples como ler bons livros de filosofia. A notícia seguinte vem por isso a propósito, até porque a crise económica não dá mostras de querer ir embora: a editora Gradiva tem à venda com descontos de 10%, 20% e 30% os interessantes e úteis livros da colecção Filosofia Aberta. Veja aqui.

Sem comentários: