segunda-feira, 4 de julho de 2011

Podemos decidir sobre a nossa morte?

De 4 a 8 de Julho decorrerá um debate on-line (organizado pela  Fundação Francisco Manuel dos Santos) sobre a eutanásia, o suicídio assistido e o testamento vital.

Participam no debate a historiadora Maria Filomena Mónica, o filósofo Desidério Murcho e a médica Isabel Galriça Neto. Espera-se também que outras pessoas - como por exemplo a cara leitora ou o caro leitor - participem no debate através da publicação de comentários.

O pretexto para realizar o debate é a publicação deste livro.

Clique AQUI para aceder ao debate.

debate on-line  sobre a eutanásia, suicídio assistido e testamento vital

1 comentário:

Fábio Gonçalves disse...

Na minha opinião a eutanásia como maneira de terminar a vida de alguém que sofra de dores insuportáveis ou esteja em estado terminal de forma a acabar com o sofrimento deste é, na maioria dos casos errada.
Se a eutanásia fosse legalizada teria de ser muito bem discutido em que casos seria justificável a sua aplicação. Se não, haveria claros excessos e poderia até ser aplicada em casos em que a doença do paciente fosse reversível mas como seria legal os médicos poderiam assim ter justificação para terminar com a sua vida. Nesse caso também devido á possibilidade de parar com o tratamento administrado ao paciente ou desligar este das máquinas os médicos ficariam impedidos de progredir nas suas pesquisas de como prolongar a vida aos pacientes ou até melhorar a sua qualidade de vida. Ou seja mantendo o paciente ligado às máquinas ou continuando administrando-lhe certo tratamento os médicos podem fazer descobertas que no futuro poderão contribuir para prolongar a vida a outros pacientes ou criar analgésicos mais potentes que poderão ajudar pacientes a viver com as suas dores outrora insuportáveis.
Mas, no entanto, penso que também há casos em que a eutanásia é correta. Em casos extremos como por exemplo onde a pessoa está gravemente ferida e se encontra entre a vida e a morte, num estado inoperável e que a administração dos analgésicos mais potentes não faz mais do que aliviar um pouco a dor nesse caso penso que o mais correto a fazer seria aplicar uma injecção indolor que terminasse assim com o sofrimento da pessoa em causa mas também com a sua vida.
Em casos de morte cerebral ou coma por exemplo, a aplicação da eutanásia também parece o mais indicado a fazer. Nos comas falo de casos mais graves onde os médicos indicam claramente aos familiares do paciente que é altamente improvável que este volte a acordar. Nestes casos visto o paciente não puder comunicar, são portanto os seus familiares ou alguém previamente escolhido pelo paciente para se algo desse género acontecesse que escolhem o que lhe irá acontecer. Penso que se o paciente estiver de boa condição mental ou seja que consiga pensar corretamente e depois de ter pensado muito e negociado com o seu médico pode pedir a este que lhe administre uma injeção letal ou então que o desligue de máquinas necessárias á sua sobrevivência. Portanto a pessoa tem o direito á vida mas pode tirar esse direito de si própria porque o direito é seu.
Em conclusão penso que há alguns casos que por terem certas características tornam a eutanásia justificável mas na maioria dos casos é incorreta pois viola o direito á vida mas a toda a pessoa deve ter o direito de querer terminar com a sua vida justificadamente por exemplo se sofrer de dores insuportáveis.

Fábio Gonçalves nr:10 10D