domingo, 6 de março de 2011

Como aplicar ideias da Física ao marketing

A árvore do saber

A Daniela Romba, minha aluna do 11ºC, sugeriu-me, a propósito de um assunto abordado numa das últimas aulas, o vídeo a seguir apresentado.

É um facto que a ideia cartesiana do conhecimento - entendido como uma árvore que englobava as diferentes ciências e cujas raízes eram sustentadas pela Metafísica - se encontra ultrapassada. Todavia, apesar da especialização que existe hoje em dia nas várias ciências particulares, estas não funcionam como compartimentos estanques. Assim, por exemplo, certas ideias da Física podem ser aplicadas para compreender o modo como as empresas podem construir e gerir, na Internet, as  marcas que comercializam.

Dan Cobley, físico e director de marketing da Google, explica como se aplicam algumas ideias da Física ao Marketing (a segunda lei de Newton, o princípio da incerteza de Heisenberg) e algumas ideias filosóficas relacionadas com método científico (algumas delas já estudadas e outras de que iremos falar nas aulas sobre Karl Popper).

Vale mesmo a pena ver e ouvir Dan Cobley. Além das qualidades inegáveis do seu discurso, ele tem também bastante sentido de humor.

Sugiro a alguns alunos (e até mesmo professores, tanto das “ciências” como das “letras”) que, depois de verem o vídeo, reflictam na forma como encaram as disciplinas do seu currículo. Ter conhecimentos de Português, de Física, de Matemática, de Psicologia ou de Filosofia é uma bagagem mais importante do que à partida podia parecer. Pode acontecer que as ideias aprendidas numa destas disciplinas se revelem, afinal, ferramentas fundamentais para compreender factos com que, aparentemente, não tinham qualquer relação.

Talvez muitas das possibilidades de emprego no futuro dependam desta flexibilidade de transpor conhecimentos e aptidões adquiridos - de forma sólida - numa área específica de estudo para outras áreas. Isto significa  compreender efectivamente e saber aplicar a situações concretas as matérias em estudo e desenvolver capacidades, ao nível do raciocínio e da criatividade, que possibilitem  inesperadas aplicações das ideias. Veja-se o caso da Física e do Marketing, ilustrado no vídeo.

Portanto, parece-me que os mais capazes, entenda-se com mais possibilidades de acesso aos empregos intelectualmente mais estimulantes e criativos - se excluirmos, em Portugal, o factor cunha -  serão aqueles estudantes que, além da competência científica, sejam capazes de aplicar de forma inovadora as ideias que aprenderam bem.

Para aceder à tradução (em português do Brasil) pode seleccionar essa opção no vídeo ou então ver aqui.

Sem comentários: