terça-feira, 7 de julho de 2009

Horas extraordinárias não remuneradas

Escrevi um post, no blogue Aula Aberta,  sobre as  condições de trabalho que são dadas actualmente aos professores. Para ler, clicar aqui.

4 comentários:

Carlos Botelho disse...

Gostava de ver o que aconteceria se, uma vez, por um qualquer sortilégio mágico, os professores portugueses todos, durante um mês, trabalhassem APENAS o tempo do seu horário de trabalho semanal. Queria ver o que aconteceria à Escola. Talvez, assim, se deixasse de ouvir tanto disparate ressentido sobre o trabalho dos profs.

Sara Raposo disse...

Carlos:
Penso que a fraqueza (e paradoxalmente também a força, pois continua a ser aquilo que dá sentido à profissão)dos professores - de alguns pelo menos - é "o sentido de dever" para com os seus alunos. O Ministério sabe isso e aproveita-se desse facto. Por mais absurdas que sejam as leis e o tempo disponível não chegue para executar todas as tarefas, a verdade é que os professores acabam por realizá-las...por mim falo.
E ainda assim a imagem da classe junto da opinião pública é aquela que se sabe.

Carlos Botelho disse...

É isso. Falas por ti e por mim. E por quase todos. Também é precisamente isso que me parece: que o ministério se aproveita desse nosso... SERVIÇO.
Nós sabemos muito bem (melhor que os burocratas idiotas e a opinião-lumpen género Miguel Sousa Tavares) que esta não é propriamente uma função: é mais um serviço (para já não falarmos das ressonâncias religiosas de 'profissão' e 'professor').
E isso é mensurável? E agora a pergunta obscena: é avaliável?

Carlos Pires disse...

Carlos:

Se o sistema de ensino estivesse bem organizado e as políticas educativas não fossem a aberração que são, não seriam necessários sacrifícios pessoais e familiares próximos do espírito missionário para alguém ser bom professor - bastaria ser competente e empenhado. E isso seria avaliável - mas, claro, de um modo diferente daquilo que o governo tem tentado fazer.

Cumprimentos