As “Nações Unidas, no limite das suas capacidades, deveriam autorizar a intervenção [militar noutros países] que impeça que se cometam crimes contra a humanidade, nos casos em que se pode esperar razoavelmente que isso não provoque um mal maior do que o que evita. Isto aponta não só para um direito de intervir como, nas circunstâncias apropriadas, um dever de intervir.”
Peter Singer, Um Só Mundo: A Ética da Globalização, Gradiva, Lisboa, 2004, pp. 199-200.
Ao explicar a necessidade da intervenção não fazer mais mal que bem, Peter Singer cita (pág. 192) estas palavras (de Michael Doyle): “não faz sentido moral salvar uma aldeia e iniciar a Terceira Guerra Mundial”.
Quando se fala da possibilidade de uma intervenção militar na Síria deve-se, portanto, considerar as graves violações dos direitos humanos perpetradas pelo governo sírio, mas também as consequências prováveis dessa intervenção, nomeadamente no que diz respeito ao número de mortos e feridos. Existe ou não o risco dessas consequência serem ainda piores que as atrocidades de Bashar al-Assad?
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