sexta-feira, 30 de julho de 2010

Cinema em tempo de lazer (1)

É verdade que alguns filmes franceses têm pretensões “intelectuais” ridículas e, tal como os textos de muitos filósofos franceses, nem sempre primam pela clareza das ideias que pretendem transmitir ao espectador.

O excelente filme “O SEGREDO DE UM CUSCUZ“, do realizador   ABDELLATIF KECHICHE,  permite contrariar este preconceito. Se quiserem perceber melhor o sentido das minhas palavras, vejam o filme. Vale mesmo a pena!

Para mais informações sobre o filme, ver aqui.

Já agora: as etiquetas que coloquei neste post referem-se a alguns dos problemas abordados no filme.

6 comentários:

Pedro Tordo disse...

Já vi o filme e é de facto muito belo e inteligente. Deixa-nos a pensar um bom bocado.

Paula Melo disse...

professora: aproveito o post para sugerir o visionamento do filme "a origem" que se encontra de momento nos cinemas.

O filme aborda o tema do sonho e a sua conexão com a realidade.
Vi-o ontem e achei muito interessante, fica aqui a sugestão!

aqui está o link do trailer:
http://www.youtube.com/watch?v=m9TAv-04qSs

beijinhos,
Paula Melo (11ºC)

Sara Raposo disse...

Olá Paula:

Agradeço a sua sugestão. Irei colocá-la em breve no Dúvida Metódica, assim que eu tenha oportunidade para ir ver o filme.
Boas férias!

P.S. Gostei das suas classificações da 2ª fase (como estou no secretariado passaram por mim). Afinal parece que eu tinha razão quanto à necessidade de repetir.

Sara Raposo disse...

Pedro:
Obrigada pelo seu comentário.
Cumprimentos.

Joaquim Silva disse...

Também gostei muito desse filme. Leva-nos a perceber como a sociedade se infiltra em nós e se torna parte de nós, muitas vezes contra os nossos melhores interesses.

Sara Raposo disse...

Joaquim:

Vários personagens do filme são pessoas que, de um modo ou de outro, acabam por ser vítimas do meio social onde estão inseridas, seja daquela família em particular ou da sociedade e da cultura francesa em geral.
Mesmo quando o personagem principal parece ter conseguido lutar e vencer vários condicionalismos sociais e culturais, no final trágico do filme vemos que ele acaba por ser vítima de uma certa "jumentude" (de jumento=burro)resultante da educação e dos valores que vigoram na nossa sociedade.

O filme mostra também como há um certo tipo de discurso político hipócrita contra a discriminação (dos cidadãos franceses das ex colonias, neste caso) que mascara a existência de segregação. Pode-se também dizer que há um certo fechamento por parte destas comunidades, com uma cultura diferente, que não ajuda a uma verdadeira integração social.

A meu ver, o grande mérito deste filme é mostrar-nos, por um lado como é difícil escapar ao peso que o meio social tem na vida individual e por outro lado que, ainda assim, cada indivíduo é capaz de concretizar os seus objectivos. Gostei em particular da autenticidade das situações e dos personagens: é uma boa representação do que pode ser vida verdadeira.

Cumprimentos.