quarta-feira, 16 de junho de 2010

Apologia dos exames

Aires Almeida (questões básicas e Crítica: blog de filosofia) escreveu, no jornal Público, um interessante artigo sobre os exames nacionais, onde refuta algumas das críticas que por vezes são feitas  a esses exames  e  em que mostra, pelo contrário, a utilidade da sua existência. Vale a pena ler e até divulgar. Clique aqui para ler o artigo.

Vale também a pena ler esta notícia do jornal Público: Noventa por cento de candidatos a advogados chumbados no exame de acesso ao estágio da Ordem dos Advogados, nomeadamente porque sugere que os exames nacionais, bem como outras medidas promotoras do rigor e da exigência no ensino, são não só úteis como indispensáveis.

4 comentários:

Ai meu Deus disse...

Não tenho a certeza de que assim seja (interessante).

Uma avaliação contínua dispensa os exames. A questão está em tornar essa avaliação séria.

(É a mesma estória do exame de entrada na profissão docente: faz-se um exame para não se -- porque não se quer -- controlar a qualidade da formação inicial. Aliás, é sintomática a "ideia" segunda a qual com os exames se consegue aumentar a qualidade do ensino. Isto leva longe...).

Carlos Pires disse...

Ai meu Deus:

Creio que está enganado. A avaliação contínua não dispensa os exames. Os exames contribuem para que a avaliação contínua seja rigorosa. Você escreveu "A questão está em tornar essa avaliação séria": os exames contribuem precisamente para isso.

Os exames não substituem as avaliações que o professor vai fazendo ao longo do ano, mas, por outro lado, não são substituíveis por elas, pois são uma forma de avaliação externa e independente de quem ensina. É preciso que haja essa componente de avaliação externa, caso contrário... Mas isso seria uma conversa longa de mais para um comentário.

Parte dessas considerações aplica-se ao exame de admissão na carreira docente.

António Daniel disse...

Os advogados ainda vão ter saudades do exame de Filosofia de 12º ano.

Carlos Pires disse...

António:

pois vão! Mas infelizmente o mesmo não sucede à maioria dos professores de filosofia, que anda feliz da vida por na sua área não haver nenhum exame nacional. É triste.