quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Qual é a ação correta?

Michael Sandel, professor de filosofia na Universidade de Harvard nos Estados Unidos, coloca-nos perante várias situações (hipotéticas ou reais) em que, inevitavelmente, temos de tomar uma decisão e praticar uma ação.

Mas o que é que devemos fazer? Qual é a ação correcta? O que é agir de forma correta? Em que princípios morais  devemos basear-nos para justificar as nossas escolhas? Estes princípios podem aplicar-se a todas as situações ou há exepções?

"Consideremos agora um dilema moral verdadeiro, semelhante em alguns pontos à fictícia história do bonde desgovernado as com o agravante de não haver certeza sobre o desfecho.

Em junho de 2005, uma equipe formada pelo suboficial Marcus Luttrell e mais três seals (como são conhecidos os integrantes da Sea, Air, Land [Seal], força especial da Marinha dos estados Unidos para operações em mar, ar e terra) partiu numa missão secreta de reconhecimento no Afeganistão, perto da fronteira com o Paquistão, em busca de um líder do Talibã estreitamente ligado a Osama bin Laden. Segundo relatórios do serviço de inteligência, o alvo da missão comandava de 140 a 150 combatentes fortemente armados e estava num vilarejo numa região montanhosa de difícil acesso. Pouco depois de a equipe ter se posicionado numa colina com vista para o vilarejo, apareceram à sua frente dois camponeses afegãos com cerca de cem ruidosas cabras. Chegaram acompanhados de um menino de aproximadamente 14 anos. Os afegãos estavam desarmados. Os soldados americanos apontaram os rifles para eles, sinalizaram para que se sentassem no chão e, só então, começaram a discutir sobre o que fazer com eles. Por um lado, os pastores pareciam ser civis desarmados. Em contrapartida, deixá-los seguir adiante implicaria o risco de informarem os talibãs sobre a presença dos soldados americanos.

Os quatro soldados analisaram as opções, mas se deram conta de que não tinham uma corda, então não seria possível amarrar os afegãos para ganhar tempo até encontrar outro esconderijo. As únicas opções eram matá-los ou deixá-los partir.

Um dos companheiros de Luttrell sugeriu que matassem os pastores: “Estamos em serviço atrás das linhas inimigas, enviados para cá por nossos superiores. Temos o direito de fazer qualquer coisa para salvar a nossa vida. A decisão militar é óbvia. Deixá-los livres seria um erro.”

Luttrell estava dividido. “No fundo da minha alma, sabia que ele tinha razão”, escreveu mais tarde. “Não poderíamos deixá-los partir. Mas o problema é que tenho outra alma. A minha alma cristã. E esta estava prevalecendo. Alguma coisa não parava de sussurrar do fundo da minha consciência que seria errado executar a sangue-frio aqueles homens desarmados.” Luttrell não explicou o que quis dizer com alma cristã, mas, no final, a sua consciência não permitiu que matasse os pastores. Deu o voto decisivo para soltá-los. (Um dos três companheiros se absteve.) Foi um voto do qual veio a se arrepender.

Cerca de uma hora e meia depois de ter soltado os pastores, os quatro soldados se viram cercados por cerca de cem combatentes talibãs armados com fuzis AK-47 e granadas de mão. No cruel combate que se seguiu, os três companheiros de Luttrell foram mortos. Os talibãs também abateram um helicóptero dos Estados Unidos que tentava resgatar a patrulha, matando os 16 soldados que estavam a bordo.

Luttrell, gravemente ferido, conseguiu sobreviver rolando montanha abaixo e se arrastando por 11 quilômetros até um vilarejo cujos moradores o mantiveram protegido dos talibãs até ser resgatado.

Mais tarde, Luttrell refletiu e condenou o seu próprio voto em favor de não matar os pastores. “Foi a decisão mais estúpida, mais idiota, mais irresponsável que já tomei em toda a minha vida”, escreveu num livro sobre a experiência. “Eu devia estar fora do meu juízo. Na verdade, dei meu voto sabendo que ele poderia ser nossa sentença de morte [...] Pelo menos é como vejo aqueles momentos agora [...] O voto decisivo foi meu, e ele vai me perseguir até me enterrarem num túmulo no leste do Texas.”40

Parte do que tornou tão difícil o dilema dos soldados foi a incerteza sobre o que poderia acontecer caso soltassem os afegãos. Os pastores simplesmente seguiriam seu caminho ou alertariam os talibãs? Mas suponhamos que Luttrell soubesse que o fato de libertar os pastores fosse originar uma batalha devastadora, resultando na perda de seus companheiros, 19 americanos mortos, ferimentos nele próprio e o fracasso da missão? Teria tomado uma decisão diferente?"

Michael Sandel

O texto foi retirado daqui (Crítica, revista de filosofia), onde pode ser lido na íntegra. Tanto o texto como as legendas do vídeo se encontram escritos em português do Brasil.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Música do último filme de Woody Allen

Rafael Fonseca, que foi meu aluno o ano passado, enviou-me uma sugestão musical - do filme Midnight in Paris de Woody Allen - que partilho com os leitores. Vale mesmo a pena ouvir e ver com atenção o vídeo: a música é maravilhosa!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Não posso adiar o amor

Este post destina-se, em particular, aos alunos para quem ler poemas é uma enorme chatice, uma ação que só praticam quando são "obrigados" nas aulas e quando têm de estudar para os testes.

Experimentem ouvir e depois digam-me: a atitude das pessoas que se recusam a ler poesia não será baseada num preconceito empobrecedor para os que o têm?

  

Não Posso Adiar o Amor

Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas

Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio

Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração

António Ramos Rosa, poema de "Viagem Através de uma Nebulosa", Ática 1960

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Descubra a crença básica

Identifique, em cada par de exemplos, a crença ou a questão mais básica.

A1 - Felismina Bonifácio partiu porque quis. Podia ter ficado mas foi embora.
A2 - As pessoas são livres.

B1 - “Dra. Felismina Bonifácio tenha cuidado com essas jarras – são obras de arte!”
B2 - O que distingue uma obra de arte de outro objeto qualquer?

C1 - O que é a beleza?
C2 - “Mãe, quero aquele casaco – é o mais bonito!”

D1 - A teoria do Big Bang é verdadeira.
D2 - O que é a verdade?

E1 - O que diferencia uma ação moralmente correta de uma ação moralmente incorreta?
E2 - Não deves dizer mentiras.

F1 - A cadeira existe mesmo, não é uma ilusão.
F2 - A cadeira é feita de madeira.

G1 - A intervenção americana no Iraque foi ilegítima.
G2 - Haverá condições em que seja legítimo um país atacar outro?

H1 - A pena de morte é moralmente errada.
H2 - Anders Behring é um assassino cruel e fanático mas não seria certo castigá-lo com a morte.

Educação em debate

 

Fundação Francisco Manuel dos Santos

Para saber mais clicar nas imagens.

Sobre a alegoria da caverna de Platão

Seguem-se alguns materiais didáticos, acerca da alegoria da caverna de Platão, utilizáveis nas aulas.

Além da ficha de trabalho seguinte, podem consultar neste blogue:

- Um vídeo e uma banda desenhada: AQUIAQUI.

- Trabalhos realizados pelos alunos no ano letivo transato: AQUI e AQUI.

- Textos:

A origem dos problemas filosóficos
O que mais importa não é viver, mas viver bem
Examinar a vida: valerá a pena o esforço?
Cegos que não sabem que são cegos

2011-12 10º ano Ficha de trabalho 2, a alegoria da caverna de Platão

domingo, 25 de setembro de 2011

Que cursos pedem o exame de Filosofia como prova específica?

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Neste ano lectivo, os alunos poderão realizar o exame nacional de Filosofia (com a matéria do 10º e 11º ano). A informação do Ministério sobre as universidades em que esse exame pode ser utilizado como prova específica (para acesso aos cursos) pode ser consultada AQUI.

sábado, 24 de setembro de 2011

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

2 livros a ler

sentido na vida Susan WolfO Sentido na Vida e por que razão é importante, de Susan Wolf, com tradução de Desidério Murcho, Bizâncio, Lisboa, 2011. Mais informações aqui.

Sete ideias filosóficas que toda a gente deveria conhecer, de Desidério Murcho, da editora Bizâncio.

Este último ainda não foi posto à venda, mas pode ler aqui um excerto.

Para quem não gosta de música clássica

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O valor da justiça

Este cartoon, da autoria de Quino, lembra-nos a diferença existente entre o discurso politicamente correto  dos direitos dos cidadãos - inócuo e consensual - e a sua aplicação à realidade. A diferença entre o que deve ser e o que é.

Não me ocorre, de momento, nenhum exemplo... Porque será?

QUINO - JUSTIÇA

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Aos novos alunos universitários: uma lista de conselhos

A todos os alunos do secundário que entraram na universidade, parabéns!

Se, por acaso, sentirem alguma desorientação ao pensarem num futuro menos promissor (considerando o investimento de trabalho, tempo e dinheiro que vos espera) não desesperem. Pois, se modificarem certas atitudes e comportamentos face ao estudo e à escola, muito provavelmente, terão sucesso.

Pedro Lomba escreveu - num excelente artigo publicado no jornal Público - uma lista  de sugestões que vos são dirigidas e podem ser muito úteis. Uma lista de ideias, até agora em vigor, que vale pena repensar. Tomem nota. Pode ser importante para garantir o vosso futuro profissional, reverem o vosso modo de pensar e agir.

«Rapazes e raparigas deste nosso Portugal: dentro de algumas semanas estareis, muitos de vós, no primeiro ano das faculdades, começando uma vida nova. Não sabeis o que esperar, se excluirmos esta ansiedade doentia do país que tudo contamina. Há 20 anos, o enredo era mais simples e previsível. Cursávamos sem drama, encontrávamos um emprego sem drama e por lá nos arrastávamos também sem drama. Cavaco Silva garantiu-nos progressões automáticas no Estado; Guterres, juros bonificados na casa; Sócrates, um futuro moderno e cerúleo. Hoje, a vida fácil acabou: os loucos anos 90 transformaram-se nos miseráveis anos 10. As nossas possibilidades tornaram-se limitadas e a grande recessão é hoje o grande retrocesso. Perdidos, compungidos, estais mais do que nunca precisados de orientação. Mas nada de desesperos. Há saídas, há atalhos, há juventudes partidárias. De resto:

- Esqueçam obsessões com a carreira ou com o "temor do desempenho". Aos 18 anos, a mentalidade carreirista, além de um desperdício, é em absoluto inútil. Muitos de vocês nem sequer terão uma só carreira; o mais certo é que tenham várias e em diferentes períodos da vida. Não vivam, por isso, atormentados com notas e resultados. Tenham o bom gosto de desprezar os maus professores e as más aulas. Ponham de lado os troféus de coisa nenhuma. Sobretudo: não cansem depressa o gosto por aprender.

- Dediquem-se à rotina das aulas, mas façam coisas, fundem coisas, proponham coisas. Irritem os instalados que chegaram há 20 anos e nada fizeram nos últimos 15. Comecem uma revista, se quiserem fazer uma revista; uma associação, uma empresa, um movimento, qualquer coisa que não se limite ao protesto e à reivindicação. Sejam lunáticos. Comecem e acabem. Nenhum empregador olha, ou devia olhar, apenas para as qualificações académicas de uma pessoa. O importante são as pequenas pegadas que essa pessoa vai largando.

- Aprendam a ser mecânicos, burocráticos, tarefeiros. A esmagadora maioria de nós não veio ao mundo para ser o Steve Jobs. Aprender a trabalhar numa organização cumprindo tarefas medidas e interiorizando uma disciplina conta mais que aspirar eternamente à originalidade.

- Leiam tudo. Leiam a Ética a Nicómaco de Aristóteles para perceberem o significado da palavra "virtude". Leiam os moralistas franceses do século XVII para perceberem o significado da palavra "hipocrisia". Leiam Stendhal para perceberem que o ser humano até o seu próprio sofrimento finge.

- Preparem-se para viver um ano no estrangeiro. Escolham um destino na Ásia ou na América do Sul. Portugal está cheio. Só terão espaço os que trouxerem espaço.

- Aprendam um ofício, uma experiência, de preferência prática, que nada tenha que ver com o curso. O americano Matthew Crawford escreveu em 2009 um livro precioso que merece memória. Depois de terminar um doutoramento em Filosofia Política, a insatisfação não o largava. Decidiu mudar de vida. Aprendera mecânica na adolescência e abriu uma oficina para reparação de motas. Descobriu a sua vocação.

- Aprendam uma língua estrangeira. Se ainda não sabem inglês, aprendam; se já sabem, aprendam outra. Sigam o exemplo de Durão Barroso, que muito possivelmente não teria presidido à Comissão Europeia se não fosse fluente em francês.

- Leiam sobre uma grande personagem histórica (e que não seja Churchill). Descobre-se muito lendo sobre figuras que foram sobre-humanas no seu tempo, embora tivessem passado pelos piores ordálios. Lincoln, por exemplo: numa certa fase da vida, sofreu uma depressão violenta e ponderou o suicídio. Não existe sucesso sem uma descida ocasional aos infernos.

- Se for preciso, desistam. Pensamos muitas vezes na educação como uma experiência vitoriosa. Acontece que pode ser uma derrota libertadora. Portas que se fecham, mudança de trajectória. E o mais curioso disto é que ainda bem. Aprender seriamente significa ficar exposto a uma derrota possível, a um erro possível. O que não tem de ser um problema. Conheçam as vossas fronteiras.»

in Público, 08 Setembro, 2011, por Pedro Lomba (jurista)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Errar é humano

"Eu não me envergonho de corrigir os meus erros e mudar de opinião, porque não me envergonho de raciocinar e aprender."

Alexandre Herculano

Para discutir na primeira aula de Filosofia

sorriso de bebéImagine que a única maneira de salvar dois milhões de pessoas de uma morte certa era cozer um bebé vivo.

Porquê? Porque um terrorista psicopata ameaçava explodir uma bomba muito potente numa grande cidade, a menos que fizéssemos tal ato em público no prazo máximo de duas horas. Imagine também que, segundo as informações da polícia, esse terrorista costumava sempre cumprir a sua palavra e que era tão hábil que não existia qualquer esperança de o capturar. Imagine, portanto, que não há uma terceira alternativa.

O que seria correto fazer nessas circunstâncias: deixar que dois milhões de pessoas morressem ou cozer vivo um bebé? Porquê?

[A situação aqui descrita inspira-se numa ideia da filósofa Elizabeth Anscombe (in James Rachels, Elementos de Filosofia Moral, Gradiva, Lisboa, 2004, pág. 174).]

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Filosofia: o que é isso?

Em Portugal não há muitos professores universitários que invistam na divulgação da Filosofia junto do grande público e no apoio aos professores do ensino secundário. Ainda que este tipo de atitude por parte das universidades corresponda ao que, em linguagem vulgar, se designa como "dar tiros nos próprios pés".

Desidério Murcho - através da tradução de obras filosóficas fundamentais, dos livros que escreve, da Crítica (revista de filosofia online) e de artigos,  como este que escreveu na revista Visão - tem contribuído para melhorar o ensino da Filosofia no secundário, mas também para a fazer chegar a um número cada vez maior de cidadãos. Se o seu exemplo fosse seguido por outros, estou certa que teríamos todos a ganhar!

Transmitir ideias filosóficas de forma compreensível é a melhor forma promover o exercício do pensamento próprio. Aconselho, por isso, a leitura do artigo da Visão, dirigido àqueles que não sabem nada de Filosofia, mas querem saber.

A Filosofia, segundo Desidério Murcho

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Reencontrar o passado no presente

Fundação Calouste Gulbenkian

Na apresentação pública para as escolas do programa Descobrir foram exemplificadas algumas das atividades disponíveis para os alunos. Numa delas, "Como interpretar uma obra de arte", a guia selecionou obras do Museu Calouste Gulbenkian da primeira sala, respeitante à arte grega e egípcia, e explicou:

«Nesta sala são raros os visitantes que olham para esta coleção de moedas. É verdade, por estranho que pareça, as pessoas não gostam de olhar para as moedas antigas, preferem outros objetos. Mas encontra-se aqui a primeira peça com que foi iniciada esta coleção: uma moeda grega do século V a.C. em que está representado um homem num carro, puxado por quatro cavalos, a ser coroado pela deusa grega Nike ou Niké.

Eu costumo perguntar aos alunos: - Sabem quem foi esta deusa grega?

E eles, invariavelmente, dizem que não. Então, eu peço-lhes: - Olhem para os vossos pés e dos vossos colegas, ela está lá!

A marca "Nike" nos pés de alguns de vos, é inspirada nesta deusa grega (cujo nome significa vitória). Como veem o passado pode estar nas mais estranhas coisas do presente.

Além disso, se olharem para o símbolo da fundação lá está, de novo, o desenho desta moeda. Os quatro cavalos simbolizam as quatro áreas de intervenção da fundação: Arte, Ciência, Cultura e Beneficiência.»

domingo, 11 de setembro de 2011

Terrorismo

Sobreviventes do 11 de Setembro

Sobreviventes do ataque terrorista às Torres Gémeas em Nova Iorque, em 11 de Setembro de 2001.

“O terrorismo é um tipo de violência política que visa atingir civis (não combatentes) de forma cruelmente destrutiva, muitas vezes imprevisível. O terrorismo dificilmente constitui uma violência descuidada. Reflete, isso sim, uma estratégia minuciosa que usa uma violência horrorífica para fazer as pessoas sentirem-se fracas e vulneráveis (…). Este medo destrutivo é depois utilizado na promoção de objetivos políticos [ou religiosos] concretos.”

Louis Pojman, Terrorismo, Direitos Humanos e a Apologia do Governo Mundial, tradução de Célia Teixeira, Bizâncio, Lisboa, 2007, pág. 24.

sábado, 10 de setembro de 2011

A incerteza será assim tão má?

“Do mesmo modo como a medicina não nos traz qualquer benefício se não for capaz de eliminar a doença física, também a FILOSOFIA se torna inútil se não for capaz de afastar o sofrimento da mente.”

Epicuro

(Lido numa página do facebook - A DISCIPLINA DE FILOSOFIA NA ESCOLA DEVIA SER MAIS PRÁTICA -, da autoria de Jorge Humberto Dias.)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Programa 'Descobrir' para as escolas

No próximo dia 13 de Setembro, estarei na Fundação Calouste Gulbenkian na apresentação do programa Descobrir  para as escolas.

Espero descobrir (tal como no ano lectivo transacto) informações e experiências únicas.

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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Diálogos entre a Filosofia e a Ciência

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Bárbara Roque Ferreira é uma jovem (nascida em 1988) estudante de Medicina da Universidade de Coimbra e publicou um livro, Voando com as minhas asas – Diálogos entre a Filosofia e a Ciência. Nele reflecte acerca da relação entre a Filosofia e Ciência: o que distingue e aproxima estes dois tipos de saber? Precisam um do outro?

Duas opiniões que podem ser lidas na contracapa do livro:

"Muitos jovens estudantes de talento e sensibilidade ficam fascinados ao contactar com a filosofia. Foi o caso da Bárbara. E para partilhar esse fascínio escreveu este livro. O gosto pelo pensamento filosófico e a sensibilidade crítica perpassam estas páginas, assim como uma atitude poética perante uma realidade que só parece banal quando não a olhamos com olhos de ver. Este livro ajuda o leitor a ver para lá da aparente banalidade da realidade. E, ao fazer isso, ajuda-o também a ganhar autonomia para voar com as suas próprias asas."

Desidério Murcho, Filósofo, Professor da Universidade Federal de Ouro Preto, Brasil.

"A primeira vez que a Bárbara me impressionou foi num exame de uma disciplina médica. O rigor, a compreensão, a estrutura do raciocínio, estavam ali à vista. E sabia, pelo menos, tanto como eu. Da segunda vez que a encontrei, apresentou-me este livro. Desta vez, fui eu que aprendi. E perguntei-lhe, incrédulo: como é possível uma rapariga de vinte e poucos anos ter chegado até aqui? O certo é que chegou. Chegou ao ponto em que os cientistas raramente chegam: ao questionar das bases do conhecimento, ao pensamento que, para além do rigor, avança em profundidade. Através de uma história agradável de ler, sempre acompanhada pelos clássicos da filosofia e da psicologia, enquanto ela e as suas personagens voam pela sabedoria, o leitor pode preparar-se para voar sobre os fundamentos de tudo quanto é humano. A começar pela “rigorosa” ciência que vamos fazendo."

J. L. Pio Abreu, Psiquiatra, Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

 

Vale a pena ler, para perceber como se pode pensar por si e com clareza.

O livro pode ser adquirido no site da Editora:  aqui.

E também nalguns dos sites e das livrarias indicados no site da Editora: aqui.

domingo, 4 de setembro de 2011

Um bom princípio na educação

"Dou aos meus filhos apenas o suficiente para que sintam que podem fazer qualquer coisa, mas não tanto que pensem  que não precisam de fazer nada."

Warren Buffett (o terceiro homem mais rico do mundo, segundo a revista Forbes).

 

Citação retirada da revista do Expresso (Única) de 3-9-2011, pág. 16.

Conhecer talvez não seja suficiente

«Chegará o dia em que os homens conhecerão o íntimo dos animais e nesse dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a Humanidade.»

Leonardo da Vinci

cavalos

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O comunismo não resulta

“O comunismo não resulta porque as pessoas gostam de ter coisas.”

Frank Zappa (músico de rock)

símbolos comunistas

(Lido no jornal Público de 2-9-2011)